Primeiro alguém com demasiado tempo livre achou que o blog do Pacheco Pereira era um bom sítio para vender Viagra.
Depois foi o Ricardo Araújo Pereira que decidiu brincar com o martírio a que o Abrupto tinha sido sujeito, sim porque, de facto, o Pacheco Pereira foi alvo de uma perseguição só comparável às perseguições políticas do tempo da PIDE!
E eis que alguém saíu em defesa do comentador político com o blog mais popular e dos menos interessantes que conheço – e acreditem que conheço muitos.
O Ricardo saiu em defesa de ele próprio e logo de seguida levou com a devida resposta desse defensor dos fracos e oprimidos da blogoesfera que é o “CAA”.
Antes de prosseguir e explicar o porquê de achar a blogoesfera linda devo manifestar aqui toda a minha solidariedade para com o o Ricardo, apesar dos inúmeros defeitos que tem – assim de repente lembro-me que é lampião e bloquista – não deixa ter razão no que escreveu: o blog do Pacheco Pereira é uma seca e a maior parte do conteúdo nem sequer é original ou da autoria dele.
E o que é que isto tem a ver com a lindeza da blogoesfera?
Bem, tem tudo a ver, primeiro porque é “lindo” que o Abrupto ainda seja um blog de referência, talvez no seu ínicio fosse interessante e digno de destaque mas por ora é, como já disse, uma seca (de ideias e de interesse). Depois porque o Abrupto é suposto ser a prova de como o Pacheco Pereira é um (comentador) político muito à frente, com blog e tudo, aliás de ser um ileterado informático é que não o podem acusar: ele tem um blog desde os primórdios da blogoesfera! Mas afinal o que aconteceu com o Abrupto é a prova da ignorância informática do JPP, ele como utente do Blogger devia de saber das supostas falhas que este poderia ter, aliás tinha obrigação de se informar antes de se vitimizar da forma como fez, qualquer pessoa com dois dedos de testa e que perceba minimamente o funcionamento da Internet consegue ver que o “pirata” se estava a marimbar para o JPP, simplesmente encontrou mais um blog com muito tráfego para substituir e ganhar uns trocos a vender Viagra.
A lindeza continua na forma como o Ricardo fez humor em torno da situação e como alguém que nada tem a ver com a questão se mete ao barulho, aqui encontramos o mais lindo que há na blogoesfera: toda a gente se pode meter ao barulho sobre determinado assunto, toda a gente comenta o comentário que alguém teceu sobre um determinado comentador. Até eu me meti ao barulho como se tivesse alguma coisa a ver com isto – infelizmente não tinha conhecimento dessa falha do Blogger, senão talvez a tivesse utilizado para subsituir o blog do JPP por algo mais interessanto do género: “As juventudes partidárias não são aquilo que o JPP diz que são!”, mas depois acabava por explicar que são quase tão más como ele fez crer.
Mas há mais coisas lindas na blogoesfera! Por exemplo, reparem que os três intervenientes assinam apenas com três iniciais: JPP, RAP e CAA. Se os dois primeiros estão devidamente identificados noutros zonas dos blogs no caso do CAA continuo sem saber quem é, ou pelo menos o seu nome, o anonimato também é lindo na blogoesfera.
Não menos linda é a quantidade de comentários que as entradas no Blasfémias geraram.
Hoje lembrei-me porque razão não costumo ler blogs mainstream (os estrangeirismos ficam mais lindos na blogoesfera).
Actualização: o Rodrigo Moita de Deus é que resume bem o que se passou com o Abrupto.
Segunda actualização: outra coisa linda na blogoesfera é que existem trackbacks e outras ferramentas que nos permitem descobrir quem fala de nós e assim nos podermos defender, o CAA – que afinal não tem qualquer tipo de problema com o seu nome: Carlos de Abreu Amorim – veio dar com este texto e decidiu deixar um comentário, que muito agradeço. Na linha da minha resposta ao dito comentário quero aqui deixar a minha vénia aos autores do Blasfémias por divulgarem os seus endereços de e-mail e esclarecer que a boca do anonimato não era para os mesmos. Mas que nem todos não têm o nome à vista lá isso não têm!
Terceira actualização: o Gabriel Silva fez-me notar, por via de um comentário no lindo tom agressivo em que se fazem comentários nos blogues, que as minhas lentes de contacto estão a necessitar de serem substituídas, de facto não tinha ligado que ele, a Helena Matos e o João Miranda assinam pelo nome e não pelas iniciais, que se faça justiça e que eu não
fique incólume a tamanha blasfémia heresia.
Caro senhor Ferro,
Admito que diga que não me conhece o que é bem natural.
Mas o anonimato de que fala não se pode confundir com a vontade de permanecer na sombra enquanto se acusa quem dá a cara. Isso nunca o fiz. E na blogosfera muitos sabem o meu nome (aliás, basta clicar no nome no blogue que aparece o endereço de email).
De qualquer modo é bastante estranho que dizendo ter lido a posta do RAP não ter reparado que este cita aí o meu nome várias vezes. Enfim…
Carlos de Abreu Amorim
Talvez não me tenha explicado bem: no Abrupto pode ler-se no fim José Pacheco Pereira, no Gato Fedorento podem ler-se na barra lateral o nome dos vários autores, entre os quais Ricardo de Araújo Pereira, no Blasfémias tudo o que temos são as iniciais de todos os autores com links para os respectivos e-mails. Conclusão: nos dois primeiros os nomes (e são os nomes que nos identificam, não as iniciais) estão bem à vista, o que não acontece no Blasfémias, agora eu também nunca disse que os autores do Blasfémias queriam ficar na sombra ou que não davam a cara, aliás deixo aqui a minha vénia por publicarem os vossos e-mails!
Mas conhecedor como é da blogoesfera por certo percebeu onde eu queria chegar com \”o anonimato também é lindo na blogoesfera\” e que esta afirmação não se aplicava ao Blasfémias, ainda assim vou actualizar esta entrada para que não hajam mal entendidos.
Obviamente o dia não correu bem.
«no Blasfémias tudo o que temos são as iniciais de todos os autores»
Outra coisa linda: se tornar a ir lá ver, novamente com mais atenção, verá que nem todos tem só as iniciais. Mais uma coisa linda: fica sempre bem antes de se escrever ler o que se comenta, seja o texto do RAP, seja a indicação dos nomes e assinaturas dos blasfemos.
Já tive dias piores, mas obrigado pela preocupação.
Para além de blasfemos são sensiveis… Que se faça justiça.
devo confessar q foi uma peripécia q segui atentamente com um sorriso sarcástico nos lábios, q capturaste mt bem 🙂