Mas esse dia ainda está muito longe, com a greve que daqui a pouco tem início, e se prolonga pelo dia de amanhã, a imagem dos professores só se vai degradar ainda mais junto da opinião pública.
Já era altura dos professores perceberem que o que os pais querem é ter os filhos educados, com boas notas para daqui a uns anos serem doutores e engenheiros, eu nunca ouvi a FENPROF ou qualquer outro sindicato/associação/ajuntamento de professores defender medidas concretas para melhorar o ensino, só os oiço com a história dos direitos adquiridos… É que a minha geração e a anterior já perceberam que os seus direitos adquiridos é terem de procurar trabalhar e dar no duro para serem promovidos, não nos chega ficar sentados à espera que o tempo passe, é isto que não nos faz acreditar no discurso de coitadinhos que os professores trazem.
Já agora uma pequena nota: os melhores professores que eu tive, enquanto me deram aulas, nunca fizeram greve.
Pergunta desinformada de quem gostava de dar aulas, mas não pode, vá-se lá entender porquê (são os licenciados de outra formação a dar): tirando os tais abusos físicos/psicológicos, mas de que raio se queixam eles que qualquer outro trabalhador não se queixe?
(os meus também não)
Se os pais querem os filhos educados podiam exactamente por começar a fazer o que lhes compete: educarem-nos.
Aconselho-o a ler o Estatuto da Carreira Docente e as propostas de alteração do Ministério da Educação para melhor se informar.
Ana: eu, e as pessoas com que trabalho e já trabalhei, nunca nos queixámos de não sermos promovidos só porque o tempo passou, eles ainda se queixam de serem avaliados…
MSS: eu aconselho os professores a explicarem o \”mal\” que vos querem fazer, expliquem como essas medidas vão tornar o ensino pior, caso contrário, com posturas do género \”vá ler o ECD\” só vão continuar a repetir o erro dos vossos representantes – que devem estar nos sindicatos há tanto tempo que já nem se lembram da última vez que deram uma aula – e consequentemente a cair no descrédito porque afinal querem é agarrar-se aos \”direitos adquiridos\”, aquela coisa aberrante que só existe na função pública.
Obrigada pelo esclarecimento …
Ainda assim, parece-me que os direitos adquiridos deveriam vir com obrigações adquiridas. Mas claro, eu não percebo nada disto.
Aconselhei-o, sugeri-lhe que fosse ler o ECD. Não lhe disse vez alguma “vá ler o ECD”. Nada como lermos nós próprios para estarmos informados, de resto, essa atitude de estar sentado à espera que lhe expliquem não será muito diferente daquela que tanto acusa por parte dos sindicatos.
Quanto às alterações, são demasiadas para que possam resumir-se a este espaço exíguo. Não passam por direitos aquiridos. Que lhe parece se um professor não se puder formar, por exemplo? Se o ensino já está mal agora, imagine o que será depois…
Cumprimentos e bom fim-de-semana
adquiridos, claro.
Que todos os males do na nossa escrita fossem umas letras que escapam. 😉
Estou com pressa, por certo que podia fundamentar melhor mas por ora é o que se arranja: se os professores querem ter a simpatia e compreensão da opinião pública têm de ser eles a explicar como “os estão a lixar”, qualquer outra postura como sugestões ou conselhos para que a opinião pública vá à procura de como são coitadinhos são mera perca de tempo e, na pior das hipotéses, razão.
Eu não tenho nada contra os professores, até já deixei os estudos há muitos anos, mas como sempre trabalhei no privado e tendo até trabalhado a recibos verdes – com toda a insegurança que isso acarreta – costuma-me muito a engolir certos “direitos adquiridos” que normalmente só existem na função pública, se calhar os professores não têm culpa de serem funcionários públicos, mas isso já é outra conversa.
“eu, e as pessoas com que trabalho e já trabalhei, nunca nos queixámos de não sermos promovidos só porque o tempo passou”
Nuno, por favor, tens o quê? 24 anos?!…
“até trabalhado a recibos verdes ”
Gostava de poder comentar esse tópico para te dizer que instituiu os recibos verdes em Portugal (eras muito novo e não deves saber, porque há coisas que devem ser “esquecidas).” Mas, por um qualquer problema técnico, não consigo.
Não consigo entender qual é o problema dos direitos adquiridos. Não entendo porque é que os trabalhadores deste país defendem a perca dos seus direitos. Não entendo porque se luta para que parte dos trabalhadores percam os seus direitos, em vez de se lutar para a outra parte adquira os seus!
Desculpem, mas não consigo entender, não faz sentido!…