Anda por aí muita gente entusiasmada com o o Chrome OS, o sistema operativo que a Google anunciou hoje, até já li alguém que dizia que finalmente se ia poder ver livre do Windows e que este era o fim da Microsoft(1).
Bem permitam-me que vos tire a esperança. O Chrome OS não vai passar de um sistema operativo minimalista com um browser.
We’re designing the OS to be fast and lightweight, to start up and get you onto the web in a few seconds. The user interface is minimal to stay out of your way, and most of the user experience takes place on the web.
São palavras retiradas do comunicado publicado no blog da Google e se essas não chegam para convecer que o Chrome OS não vai passar de um Kernel Linux com um browser em cima, aqui a derradeira:
For application developers, the web is the platform.
Bem vistas as coisas não há nada de inovador nesta fórmula.
A Asus tem a sua própria distribuição Linux que arranca em poucos segundos e onde a maior parte dos atalhos são para aplicações web.
Também a Intel tem estado a trabalhar numa nova distribuição de Linux destinada aos netbooks, toda ela baseada maioritariamente na web.
Não vejo que este novo sistema operativo seja uma ameaça de qualquer tipo aos que já existem actualmente, vai é competir num mercado que está a nascer, o dos sistemas operativos para os netbooks.
Espero que seja mais inovador do que o Android, pois esse deixou algo a desejar. Duma coisa tenho a certeza vai ser estável e rápido.
(1) É giro como de tempos a tempos alguém vaticina o fim da Microsoft, no entanto ela aí. Práticas comerciais à parte, a verdade é que a Microsoft tem alguns produtos de grande qualidade.
já para não mencionar as inúmeras variantes linux disponíveis. cada vez mais me parece que o que distingue a google da msft é uma questão de imagem – a primeira tem uma boa imagem, que lhe permite safar-se com algumas coisas, e a msft não. Em termos de domínio de mercado ambas são gigantes nas suas áreas, e a google está claramente a tentar ser a próxima microsoft, dominando o mercado da computação ubíqua em nuvem.
A (suposta) grande arma do Chrome OS será a integração com serviços e ferramentas Google, numa plataforma móvel intermédia entre smartphones e desktop (netbooks)
Porque distribuições Linux lightweight há muitos, mas poucas ou nenhuma oferecem uma experiência de cloud-computing verdadeiramente viável.
Irá congregar muitas coisas que ainda só andam em testes como o Google Wave.
O Moblin é giro porque tem um boot rápido e é desenvolvido com um mercado especific em objectivo mas acaba por ser igual aos outros todos na receita de um interface “home Screen” com uns atalhos para umas apps e links para websites.
Quanto à Microsoft…a excepção faz a regra, não é verdade?
No meio de muitas asneiras, acabam por existir alguns avanços na direcção certa. No fim, sobrevivem graças à sua já instalada hegemonia, é a minha opinião.
há muito que perderam o brain power e capacidade de inovar verdadeiramente, excepto com equipas mais pequenas de secções mais autónomas.