Um comentário meu no Blogue da Revista Atlântico despoletou uma série de reacções por parte dos autores do mesmo em relação à campanha e propostas da JSD Lisboa sobre a “Geração Recibo Verde”.
No artigo que eu comentei era perguntado “Onde será que eles se foram inspirar?”, o meu comentário foi um simples “Aqui mas não só.”, e foi assinado por mim com um link para o meu site pessoal. Se esse comentário não fosse meramente pessoal eu teria assinado como Director de Informação da Comissão Política Distrital de Lisboa da JSD e o link seria, obviamente, para site da Distrital.
Cabe-me agora explicar que a discussão sobre a problemática dos recibos verdes já tinha sido iniciada dentro da CPDL antes do primeiro artigo do Henrique Raposo e que a única “inspiração” que EU, e relembro que estava a comentar em meu nome e não em nome da CPDL, ali fui buscar terá sido em alguns argumentos apresentados pelo Henrique Raposo, nem sequer fui eu que sugeri a utilização da expressão “Geração Recibos Verdes”, se quem sugeriu lê o Blogue da Atlântico é algo que desconheço.
Mas, e recordo aos distraídos que este blogue reflecte apenas as minhas opiniões pessoais e não as da CPDL, ainda bem que tudo isto aconteceu! Pode ser que assim a discussão em torno desta problemática vá mais longe e traga resultados, é que normalmente as juventudes partidárias só são ouvidas quando o tema é aborto, liberalização das drogas leves ou o casamento dos homossexuais e eu garanto-vos que nenhum destes temas me provoca grande preocupação quando comparado com a precariedade a que muitos jovens estão sujeitos.
A utilização dos recibos verdes está desvirtuada devido à lei laboral que temos, mas alguém no seu perfeito juízo acha que é possível flexibilizar muito mais esta lei em Portugal? Ao menos tentemos dar alguma protecção àqueles que injustamente estão desprotegidos, que trabalham a recibos verdes quando deviam de ter um contrato e que a qualquer momento podem ser despedidos e não é por incompetência, é que se alguém se aguenta um ano a recibos verdes é porque não é incompetente, se fosse já tinha ido a andar.
Eu conheço, bem de perto, o caso de um jovem que tinha um horário de trabalho, elogiavam-lhe a competência mas era o único a recibos verdes na empresa onde trabalhava, essa empresa faliu, todos os outros tiveram subsídio de desemprego, ele ficou a chuchar no dedo, é isto que não pode acontecer.
