A hora da (in)verdade

Um dia depois da vitória que deu ao PS uma maioria relativa e a obrigatoriedade de negociar os Orçamentos do Estado com pelo menos um dos partidos da oposição, chegou a chamada para a realidade das contas e da economia do país: o défice orçamental vai pelo menos duplicar este ano (mais 5,2 mil milhões de euros), para chegar a 5,9% do PIB, e o indicador oficial do peso da dívida pública na economia deverá dar o maior salto nas últimas duas décadas, para 74,5%.

O Governo esperou até depois das eleições para revelar estes número e nem aí foi honesto.

Convém lembrar que desde 2000 o endividamento de Portugal passou de 36% para 107%, nestes nove anos o PS esteve no poder mais de seis, e agora ainda querem construir uma terceira auto-estrada para ligar Lisboa ao Porto, um aeroporto e um TGV. Já não são só os meus netos que vão estar endividados quando chegarem a este Portugal hipotecado, por este andar até os netos deles vão estar.

Depois deixem-nos continuar a gerir o país

Custo da campanha socialista derrapou 80% em relação ao orçamento. No PSD a despesa ficou um quarto abaixo do previsto.

Infelizmente em Portugal o mais normal é as contas derraparem e raramente se encontram responsáveis. Na altura das Europeias andavam por aí muitos socialistas a dizer “vejam lá quem é mais despesista e tem o maior orçamento de campanha”, infelizmente ainda não os ouvi admitir que realmente o PS não é de fiar no que toca a gerir dinheiro.

Se nem na casa deles conseguem cumprir com o orçamento quem é que espera que consigam quando o dinheiro não lhes toca directamente no bolso?