Ia eu comentar no blog de uma amiga quando pensei “olha que isto dava era um belo post no meu blog…” e por isso aqui vai:
Amiga, lamento desiludir-te mas um líder não faz uma equipa, nunca fez e nunca o fará!
Do pouco que conheço da Paula Teixeira da Cruz parece-me ser boa, a sério, fiquei bem impressionado com a senhora nas poucas vezes em que estivemos na mesma sala – mas não tanto como com o Carlos Carreiras.
Se bem me lembro o grande defeito que apontavas à candidatura do Carlos Carreiras era o facto de ter o apoio da Helena Lopes da Costa, para contrabalançar – e superar – a Paula tinha o apoio do António Preto, o tal da mala…
Portanto quando dizes “valeu a pena defender a ética e a verdade” só posso deduzir que não conheces mais ninguém das pessoas da lista vencedora e muito menos conheces a história deste processo, que de resto não é muito diferente de outros no nosso partido.
Nomes como Alexandre Simões ou Rodrigo Neiva Lopes são por demais conhecidos de quem andou pela JSD Lisboa no últimos anos, o primeiro será eternamente recordado como o Presidente de Mesa que filmou um acto eleitoral, o segundo está sempre disposto a resolver qualquer assunto à cadeirada (do verbo cadeirar: acto o efeito de agredir alguém com uma cadeira), outras demonstrações democráticas poderiam ser apontadas a estes “senhores” (só mesmo entre parentesis e em itálico para que a ironia no uso da palavra não passe despercebida). Dois exemplos de ética que espero ninguém siga.
Quando um líder nacional necessita de dispender de uma vice-presidência para conseguir controlar a Distrital que mais deve trabalhar no país, e consequentemente se pode tornar na mais incómoda à liderança nacional, algo está distorcido na “transparência” que tanto esse líder gosta de apregoar. E já agora o que terá sido que Marques Mendes e Miguel Macedo disseram a Ministro dos Santos para que este saltasse? Não é difícil de adivinhar e certamente não será uma prova de que o partido está no bom caminho.
É certo que também o Carlos Carreiras tinha alguns nomes curiosos nas suas listas, faz parte da política, em política não é preciso sorte e as ideias são um acessório, o que conta são os votos! E foi por isso que a Paula tinha e precisava desesperadamente do apoio do António Preto, e foi por isso que o Carlos precisou do apoio da Helena Lopes da Costa, era a única hipotése que ele tinha para vencer a máquina da nacional.
Mais importante do que quem encabeça a lista é, na maior parte das vezes, quem está por detrás dela, e nós que até andamos nisto por carolice só temos de olhar bem para todos os nomes, tentar perceber a jogada e decidir de que lado estamos.
Actualmente o melhor que se consegue da política portuguesa é o mal menor
E, em jeito de toque final, podes, honestamente, dizer que o programa da Paula era melhor do que o do Carlos? Pois, já começas a perceber, na política as ideias são um acessório.