Backups online

Tenho por hábito sincronizar a minha pasta de trabalho entre 3 computadores, normalmente trabalho no portátil e, de vez em quando, sincronizo essa pasta com o computador de casa e com o do trabalho. É um sistema quase infalível, a não ser quando passo algum tempo sem me lembrar de fazer a dita sincronização.

Uma coisa que me chateia quando formato um dos meus computadores é que há sempre qualquer coisa da qual não tinha backups e que não foi sincronizada. Ou são os contactos do Outlook, ou um qualquer documento que por engano gravei no Desktop ou no My Documents

Aqui há tempos descobri uma forma simples e eficaz de resolver esta questão, o Mozy é um serviço grátis de backups online até 2GB. Instala-se uma aplicação que, depois de configurada, vai-se encarregar de fazer os backups (tudo encriptado).

A aplicação permite configurar um monte de coisas, e gosto particularmente da possibilidade de criar regras e filtros para os ficheiros de queremos fazer backup. Também importante é a possibilidade de limitarmos a largura de banda utilizada pelo Mozy, assim não corremos o risco de ficarmos com a ligação à Internet entupida.

Quando precisarmos de recuperar algum ficheiro, o site do Mozy tem um interface todo catita onde podemos escolher quais as pastas/ficheiros que queremos recuperar, depois de seleccionados podemos optar entre fazer download (grátis) ou receber em DVD enviado pela FedEX (nada barato, mas se estiverem no Iémen com uma ligação da treta pode dar jeito).

Tenho estado a utilizar este serviço há algumas semanas e recomendo-o vivamente.

Mozy Online Backup: 2GB
Free. Automatic. Secure.

Portugal diz NÃO ao formato Microsoft Office

To:  Membros da Comissão Técnica para a avaliação dos standards ISO

No próximo dia 16 de Julho, pelas 14.30, no Instituto de Informática, vai ser decidido o sentido de voto de Portugal na aprovação ou não do ISO DIS 29500 (Office OpenXML ou OOXML format).

Os cidadãos Portugueses abaixo assinado pedem-lhes para considerar a REJEIÇÃO de tal formato como standard, como aliás fizeram milhares cidadãos de todo o mundo em http://www.noooxml.org/petition , tendo esta petição atingido as 10000 assinaturas em menos de uma semana.

Existem diversos motivos pelos quais tal proposta deve ser recusada, entre os quais:

1. Já existe um standard ISO26300 chamado Open Document Format (ODF): dois standards aumenta o custo, a incerteza e a confusão na indústria, no governo e nos cidadãos;
2. Não existe nenhuma implementação provada da especificação OOXML: o Microsoft Office 2007 produz uma versão especial do OOXML, não um formato de ficheiro que cumpra com a especificação do OOXML;
3. Existe falta de informação no documento de especificação, como por exemplo como fazer um autoSpaceLikeWord95 ou useWord97LineBreakRules;
4. Mais de 10% dos exemplos mencionados no standard proposto não validam como XML;
5. Não existe nenhuma garantia de que qualquer pessoa possa escrever software que implemente total ou parcialmente a especificação OOXML sem estar sujeito às patentes detidas pela Microsoft;
6. Esta proposta a standard entra em conflito com outros standards ISO, como a ISO 8601 (Representation of dates and times), ISO 639 (Codes for the Representation of Names and Languages) ou ISO/IEC 10118-3 (cryptographic hash);
7. Existe um erro no formato de folha de cálculo que impede a insersão de qualquer data anterior ao ano 1900: erros como estes afectam a especificação OOXM tal como software, como o Microsoft Excel 2000, XP, 2003 ou 2007;
8. Esta proposta a standard não foi criada através da experiência e conhecimento de todas as partes interessadas (tais como produtores, vendedores, consumidores, utilizadores e reguladores), mas apenas pela Microsoft.

Sincerely,

The Undersigned

Assinei a petição por achar:

  1. que não faz sentido criar dois standards para a mesma coisa, se o ODF foi o primeiro a chegar a Microsoft que adopte o ODF;
  2. um formato que se diz XML deveria de validar como tal;
  3. esta proposta de standard entra em conflito com standards já existentes;
  4. já ser altura de Portugal deixar de levar a Microsoft ao colo.

Se concorda com estes argumentos e/ou com os enumerados na petição não deixe de a assinar.